A descarbonização da nossa matriz energética, através da produção de eletricidade efetivamente produzida a partir de fontes renováveis, foi um dos eixos do nosso Roadmap 2030 que sofreu um impulso mais significativo em 2021: encerrámos o ano com 214 centrais instaladas e em funcionamento, o que representa um acrescimento de 25 novas centrais, e um parque fotovoltaico com uma potência instalada de cerca de 26,9 MWp.

Complementarmente ao investimento que temos vindo a realizar ao nível da nossa capacidade de produção de energia renovável estabelecemos, através da Elergone Energia, um acordo de compra (PPA offsite) a longo-prazo, de cerca de 100 gigawatts-hora (GWh) anuais de energia renovável com a Shell Energy Europe Limited.

Trata-se de um marco muito relevante que, por si só, permitirá assegurar que aproximadamente 20% do nosso consumo de eletricidade será de origem renovável. Esta aposta, que teve efeito a partir de 1 de Outubro de 2021, permitiu uma redução de 12.621 ton CO₂e relativamente à potencial emissão sem esta opção.

Através da «Floresta Sonae», nos próximos 10 anos, com as diferentes empresas Sonae vamos reflorestar mais de 1.100 hectares para compensar as emissões associadas ao consumo de combustíveis fósseis das nossas frotas de viaturas ligeiras. Em 2021, a MC assegurou o financiamento necessário para reflorestar cerca de 35 hectares.

A par da extensão da rede «Continente Plug & Charge», em 2021, acelerámos o ritmo da eletrificação da nossa frota de viaturas de função.

Suportados na rede instalada, fizemos um trabalho de caracterização dos perfis de utilização das nossas Equipas (número de kms percorridos por dia, a identificação de rotas-pré definidas, frequência de deslocações mais extensas, entre outros parâmetros) que nos permitiram identificar um grupo de 45 viaturas que estando a atingir o final do seu contrato poderiam ser substituídas por opções 100% elétricas.

Em 2022 daremos continuidade a este programa, acelerando rumo à descarbonização!

No último ano mantivemos os esforços de promoção da eficiência e flexibilidade do consumo energético, investindo na instalação de equipamentos e sistemas mais eficientes, criando condições para uma melhor monitorização e gestão dos consumos, e desenvolvendo procedimentos que nos possibilitaram potenciar os investimentos realizados, num investimento que reuniu cerca de 7 milhões de euros.

Dedicamos particular atenção à melhoria da eficiência das nossas instalações de produção de frio, sem descurar a problemática da utilização de gases fluorados (F-gases).

Em 2021, prosseguimos com os esforços desenvolvidos nos últimos anos para implementar soluções alternativas às habitualmente utilizadas no que se refere à utilização de gases de refrigeração tendo por objetivo a redução drástica, ou mesmo a total ausência de utilização de gases com Global Warming Potential (GWP) elevado.

Atualmente os sistemas de produção de frio em todas as novas lojas utilizam dominantemente gases naturais, isto é, gases com GWP igual ou inferior a 5, como é o caso dos R290, R744 e R717.

No parque de lojas existentes temos vindo a implementar um programa de substituição: (i) quer dos F-gases utilizados quando a instalação é ainda possuidora se um tempo de vida razoável; (ii) quer substituindo totalmente o sistema de frio (novos equipamentos) neste caso, utilizando apenas gases naturais.

O último ano fica marcado pela eliminação da utilização do R427a e pela redução de 44% de utilização do gás R404.