Data
3 Abril 2019
Cozinhar com desperdício alimentar: mentora do restaurante ReTaste apresenta o projeto em Lisboa
A cozinha sustentável e consciente não é uma tendência, mas sim a evolução natural da gastronomia. É com esta perspetiva que Ruth Osborne - fundadora da empresa de consultoria na área da sustentabilidade Retired Hen - criou o restaurante sueco ReTaste.
Localizado em Estocolmo, o projeto recupera alimentos de supermercados já sem valor comercial, dando-lhes nova vida e invertendo o percurso habitual do setor da restauração como uma das principais fontes de desperdício alimentar.
Criado em parceria com os chefs Christofer Ekman e Paul Svensson – considerado um dos 50 chefs do Plant-Forward Global pelo Instituto de Culinária da América –, o ReTaste dá vida ao lema “transformar lixo em luxo”, com ementas ecléticas e inventivas, que variam todas as semanas consoante os alimentos recolhidos nos supermercados – recorrem, por exemplo, a estratégias inovadoras que prolongam a vida dos produtos, como é o caso da moagem de pão seco para fazer massa.
Aliás, de acordo com a Food and Agriculture Organization das Nações Unidas (FAO), cerca de um terço dos alimentos produzidos mundialmente para consumo humano é desperdiçado, sendo que, nos países desenvolvidos, grande parte do desperdício acontece nas últimas etapas da cadeia de valor, nomeadamente no retalho, na restauração e no consumo final. Por isso mesmo, Ruth Osborne acredita que os chefs têm um papel fundamental na criação de uma gastronomia mais sustentável não só através de adoção de práticas ecológicas na cozinha, mas também como um exemplo para sensibilizar a restante indústria alimentar.
A sustentabilidade do projeto ReTaste abrange todas as vertentes do negócio: aproveitar tudo o que os alimentos têm para dar, desde as cascas dos vegetais à calda da fruta em conserva; transformar os alimentos que não podem ser aproveitados na cozinha para a compostagem ou para a produção de biogás que alimenta a rede de transportes públicos; ou garantir que a loiça do restaurante é ecológica, com copos feitos de antigas garrafas de vidro, bases para quentes com tampas e loiça que aproveitam argila antiga, cascas de mexilhão e borras de café.
A mentora do projeto ReTaste estará em Portugal, na Conferência Portugal Saudável, no próximo dia 10 de abril, no Capitólio, para falar sobre a importância da consciência sustentável na restauração e da colaboração que deve existir entre os vários atores da cadeia alimentar para a construção de um mundo mais saudável e sustentável.
A 4ª edição da Conferência Portugal Saudável tem como mote “Improving Our Food System”, e junta várias figuras relevantes nacionais e internacionais para debater o futuro do sistema alimentar e os modelos capazes de conciliar, de forma integrada, a saúde, o ambiente e a economia.
A inscrição na Conferência é gratuita.
Localizado em Estocolmo, o projeto recupera alimentos de supermercados já sem valor comercial, dando-lhes nova vida e invertendo o percurso habitual do setor da restauração como uma das principais fontes de desperdício alimentar.
Criado em parceria com os chefs Christofer Ekman e Paul Svensson – considerado um dos 50 chefs do Plant-Forward Global pelo Instituto de Culinária da América –, o ReTaste dá vida ao lema “transformar lixo em luxo”, com ementas ecléticas e inventivas, que variam todas as semanas consoante os alimentos recolhidos nos supermercados – recorrem, por exemplo, a estratégias inovadoras que prolongam a vida dos produtos, como é o caso da moagem de pão seco para fazer massa.
Aliás, de acordo com a Food and Agriculture Organization das Nações Unidas (FAO), cerca de um terço dos alimentos produzidos mundialmente para consumo humano é desperdiçado, sendo que, nos países desenvolvidos, grande parte do desperdício acontece nas últimas etapas da cadeia de valor, nomeadamente no retalho, na restauração e no consumo final. Por isso mesmo, Ruth Osborne acredita que os chefs têm um papel fundamental na criação de uma gastronomia mais sustentável não só através de adoção de práticas ecológicas na cozinha, mas também como um exemplo para sensibilizar a restante indústria alimentar.
A sustentabilidade do projeto ReTaste abrange todas as vertentes do negócio: aproveitar tudo o que os alimentos têm para dar, desde as cascas dos vegetais à calda da fruta em conserva; transformar os alimentos que não podem ser aproveitados na cozinha para a compostagem ou para a produção de biogás que alimenta a rede de transportes públicos; ou garantir que a loiça do restaurante é ecológica, com copos feitos de antigas garrafas de vidro, bases para quentes com tampas e loiça que aproveitam argila antiga, cascas de mexilhão e borras de café.
A mentora do projeto ReTaste estará em Portugal, na Conferência Portugal Saudável, no próximo dia 10 de abril, no Capitólio, para falar sobre a importância da consciência sustentável na restauração e da colaboração que deve existir entre os vários atores da cadeia alimentar para a construção de um mundo mais saudável e sustentável.
A 4ª edição da Conferência Portugal Saudável tem como mote “Improving Our Food System”, e junta várias figuras relevantes nacionais e internacionais para debater o futuro do sistema alimentar e os modelos capazes de conciliar, de forma integrada, a saúde, o ambiente e a economia.
A inscrição na Conferência é gratuita.